Brevíssimo ensaio sobre a cegueira

23.4.13

No livro da morte de Santiago Nasar, escreve a certa altura Gabriel Gárcia Márquez sobre a cegueira de Poncio Vicario, que um dia se lhe acabou a vista. Felizes palavras do velho Gabo para falar de um cego da sua infância, o tal Poncio, palavras guardadas durante décadas e levadas ao papel no ano anterior ao ano do prémio Nobel.

Comprei a edição em castelhano deste livro no Centro Cultural Gabriel Gárcia Márquez, numa visita a propósito da edição de um outro livro, A Estátua e Pedra, de José Saramago, o único Nobel português da literatura. Na véspera, na mesma cidade de Bogotá, o único português presidente da República esqueceu-se disso. São múltiplas as formas do acabar da vista.

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