O novo endereço, marinheiro dos pés à cebeça (Praceta do Comandante Jacques Cousteau), como todos os endereços, não foi sempre um mar de rosas. O vento norte aparece de cabelos em pé quando lhe apetece, por isso nem vale a pena pentear o texto com brilhantina. É desconfiar sempre dos casamentos de risco ao meio, muito arranjadinhos, metades iguais e nem um pêlo discordante.
E a vida lá foi navegando sem perder o norte, muitas vezes de velas arriadas, como se o mundo inteiro fosse coberto de azulejos azuis, um rectângulo escavado no solo, cheio de água mansa.
Os anos foram passando no lugar certo à hora certa e um dia acertaram os ponteiros com o relógio biológico. Agora a casa tem um pai, uma mãe e um filho.