AS GRANDES SAUDADES DAS PEQUENAS COISAS

13.1.14
Cheguei a ter um carro do tamanho de uma despensa. Orgulhava-me de o poder levar para qualquer sítio, para os lugares mais improváveis, onde os outros não conseguiam ir. Às vezes, só para me exibir, estacionava-o lá em cima, no canto de uma fotografia. Noutras ocasiões, entre o vermelho e o verde de um semáforo, sentava-me com ele ao piano e lá ficávamos os dois, na montra da loja de instrumentos musicais, feitos um para o outro, muito seguros da nossa eternidade.


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