FUTEBOL DE RUA (12)

12.4.14
Porta da rua 31 de Janeiro, em Aveiro, tem número de banco. De banco de suplente, de homem sentado. Da primeira posição fora de campo, do primeiro número fora do onze. Doze.
Doze, a melhor profissão mundo.
E 12, na porta, mesmo ao lado da Adega do Evaristo, lugar tão bom de comer como de sentar amigos à mesa e fazer o tempo esquecer das horas. As horas, essas putas, que vão com qualquer um para qualquer lado e dormem onde calha.
É também no que dá, ir com amigos a sítios e ver coisas. Ver futebol na calçada portuguesa e depois chamar nomes ao tempo. O tempo, esse corredor de fundo, que quando se põe a contar muda de sexo.  É vinte e quatro fêmeas por dia.

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