CRÓNICAS DA RUA DO MAR (3)

6.5.14


Este domingo, pelo fim da manhã, na última rua do mundo, os fregueses lá apareceram em maior número para tomar café com sol. A lotação da Aguda esgotou no intervalo de duas ondas. Umas ciganas tentavam vender sapatos feios e ainda bem que a polícia entretanto chegou. Ninguém quer ver pés assustadores em lado nenhum, muito menos no lugar onde a terra acaba e o mar começa.

Os jornais é que ganham com os domingos e com os domingos luminosos nem se fala. Em cada mesa pelo menos um habitante lia qualquer coisinha sobre o dia anterior. Nos jornais ainda não se lê muito sobre o futuro. É bom sinal, porque a verdade ainda não tem amanhã. Melhor lidam as notícias com o pretérito, e às vezes, quanto mais pretérito, melhor. Mais tempo, melhor texto, informação superior. Boas contas ao tempo fez neste domingo a Revista 2. É sobre as idas ao bacalhau e os portugueses que por lá ficaram.

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