Aqui dentro a ponte tem nervos de aço e a terra aguenta com ela.
O rio desce, a vida sobe, aqui dentro. As casas moram de mão dada, o mar está sempre à janela e os barcos, como antigamente, namoram ao muro. Aqui dentro as pessoas mandam tudo para o caralho, mas também abraçam. E choram, choram das duas lágrimas, das boas e das outras. Aqui dentro, com uma língua muito torta, diz-se tudo muito direitinho.
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