O habitante

4.11.14
Só agora me apercebo que o habitante entrou na minha vida no dia em que o meu pai fez 65 anos. 22 de Novembro de 2013. Dei por ele a caminho da estação de comboios, ao passar por uma cama de cartão vazia, um cobertor e uma garrafa de água. Agarrei naquele homem que não existia naquele lugar e trouxe-o comigo. Baptizei-o, sentei-o no lugar vago que havia ao meu lado, comecei a puxar por ele, inventei-o, mas ainda não acabei de o parir. Chamei-lhe Appelbaum. Mora comigo. Foge de mim. Regressa. Ando a escrevê-lo num telefone.



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