COMEÇOU A SER

15.10.19
colocada a hipótese de irmos a Braga no sábado à tarde ao balcão do restaurante de um centro empresarial no Porto. Almoçamos bacalhau com broa. As empregadas de mesa trouxeram diversos  jarros de vinho branco para a mesa, a conversa fluiu cristalina e entremeada por segmentos hilariantes de passado, atada por fortes laços de amizade, reconstruiu-se ali à beira dos guardanapos de pano e dos pratinhos com palitos uma década caída em desuso, as goivas dos entalhadores, apareceram dedos sapateiros furados de vez em quando pelas agulhas deeeeste tamanho a mostrarem as feridas de guerra, também vieram a lume algumas notícias com defeito fabricadas em jornalismo tosco. Impunha-se um bom café e um bom café começa no aroma e termina na cobertura espessa. A hipótese então, colocou-a ao balcão já em tempo de despedidas um dos mais novos antigos pugilistas deste encontro anual. A sua esteira propunha uma visita ao ginásio do bairro onde mora e procura disseminar, com luvas, comportamentos exemplares em contextos difíceis. Três dias mais tarde a história viajou pela primeira vez de máquina de filmar. Trouxemos connosco umas boas duas de horas de gravação. Entretanto anoitecera. Reduzimos, no dia seguinte, as duas horas de filme a três minutos de reportagem. E uma semana bem pesada, sem tirar nem por, sobre a colocação de uma hipótese, a hipótese converteu-se em alinhamento de jornal televisivo e posteriormente numa troca sentida de mensagens. Humanos em fase de construção, construindo-se.  

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