2014 É UM HOMEM MORTO

15.1.15
A este disco já o apanhei na fronteira do ano, ainda assim ouvi e ouvi a tempo de ele, para mim, ser do ano que é, e ser, para mim, o melhor disco de 2014, o tributo Red Hot a Arthur Russel.
Arthur Russel, quando morreu, em Nova Iorque, em 1992, tinha a idade que eu tenho, quarenta anos, e eu, nem que passe pela sorte de viver outros quarenta vou conseguir descobrir como é que um homem em tão poucos anos de mundo pode criar tanto e fazer o que ele fez durante o tempo em que andou do violoncelo para a bateria e dos teclados para a guitarra. Morreu na penúria.

Tem dias, como o de hoje, em que moro em Master Mix: Red Hot + Arthur Russel. A vizinhança é porreira. Sufjan Stevens, Hop Chip, Phosphorescent, Devendra, Blood Orange e até o Sam Amidon, pegaram na roupa do morto, a sua música, e vestiram tudo, como se cada peça fosse do novo corpo.
Lá em baixo, acabando as duas fotografias, está um exemplo, não é o melhor exemplo, mas é um bom exemplo.






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